quarta-feira, 8 de agosto de 2012

I Encontro PIBID da USP 23/06/2012

O que há na caixa preta???

O que será que tem nessa caixa preta. Foi assim que motivamos a todos com nosso trabalho apresentado na USP, segue o resumo e depois as fotos...




I Encontro PIBID USP              23 de junho de 2012                                   Faculdade de Educação da USP

O que há na caixa preta?

Autores: MENDES, Camila V.; VERONEZ, Eleusa; PALMA, Jéssica B.; TAVARES, Juliana A.; OLIVEIRA, Alessandra M.; CORREA, Ana Paula D.; ALBUQUERQUE, Carlos H.; CAMARGO, Cristiane C.; FREITAS, Janaína L.; COSTA, Júlia S.; DEFENDI, Maíra C.; SATORNO, Miller; TALAMONTE, Tamires C.; CARMAZINI, Valéria

e-mail:camila_vm_@hotmail.com, leuveronez@hotmail.com

Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Sul de Minas Gerais, Campus Inconfidentes
Universidade de São Paulo.

Palavras-chave: ensino de Ciências, modelo atômico, analogia.

Trata-se de uma atividade de ensino que se deu no interior de um projeto que tem como princípio norteador a aprendizagem da docência por meio de processos reflexivos, considerando a prática docente a partir do processo de raciocínio pedagógico descrito por Shulman (1986; 1987). O planejamento da atividade deu-se a partir de: a) uma pesquisa realizada pelos bolsistas sobre materiais para o ensino de química para os alunos do 9° ano do Ensino Fundamental e b) demanda feita pela supervisora, que foi questionada por um aluno sobre como se estuda o átomo, uma vez que ele não é visível.
O objetivo da atividade era que os alunos compreendessem que o estudo do átomo é feito indiretamente e que o modelo atômico, assim como outros modelos nas Ciências Naturais, são construídos pelos cientistas para tentar explicar determinados fenômenos naturais. A atividade consistia no uso de uma analogia. Os alunos do 9º ano foram divididos em equipes, supervisionadas por alunos bolsistas. A cada equipe foi entregue uma caixa de sapatos contendo um objeto não visível e a tarefa de cada equipe consistia em identificá-lo sem abrir a caixa. Foi entregue a cada equipe uma folha em branco na qual a equipe deveria descrever o objeto e desenhá-lo. Como conclusão, seria feita uma analogia entre o que cada equipe havia feito e o trabalho dos cientistas ao estudar o átomo e propor modelos.
Como resultado, pôde-se perceber que os alunos não conseguiram relacionar a atividade com o conteúdo em questão (modelo atômico), pois ainda não haviam compreendido o modelo atômico e, em alguns casos, demonstraram não conhecer, minimamente, o conceito de átomo, apesar de já terem realizado uma pesquisa sobre o tema. A atividade, para eles, consistiu apenas em uma brincadeira.
Na reflexão sobre a atividade proposta, algumas conclusões foram apontadas pelos alunos-bolsistas, as quais configuram uma nova compreensão tanto do conteúdo específico, das relações entre os conceitos de modelo (na Ciência), átomo e modelo atômico, quanto das formas de ensiná-lo. Como atividade introdutória, ela não foi válida, pois sua compreensão (a do sentido da analogia) demanda conhecimentos prévios sobre átomo e sobre modelo atômico. Depois de entender, ainda que minimamente, os conceitos de átomo e de modelo atômico, os alunos, talvez, estivessem mais motivados (e curiosos) para compreender como é possível estudar os átomos e conceber modelos atômicos. Além disso, o próprio conceito de modelo (em Ciências) deveria ser abordado com os alunos previamente a essa atividade – ou fazê-lo a partir dela - para que pudessem compreender que a Ciência constrói modelos, que são uma tentativa de aproximação da realidade. Uma conclusão importante foi a de que a atividade prática, por si só, não cria melhores condições de aprendizagem, embora aumente o envolvimento/motivação dos alunos. Essa experiência demonstrou como, embora o interesse dos alunos pela atividade fosse grande, ela não tenha criado oportunidades de aprendizagem adequadas, por não haver sido levado em consideração, durante o planejamento, os conhecimentos prévios e pré-disposições dos alunos com relação ao conteúdo específico que seria trabalhado.


Bibliografia
SHULMAN, L.S. Those who understands: knowledge growth in teaching. Educational Researcher, v. 17, n. 1, p. 4-14, 1986.
____________. Knowledge and teaching: foundations of a new reform. Harvard Educational Review, v. 57, n. 1,  p. 1-22, 1987.




Até Mais...galera!!!


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