sexta-feira, 10 de agosto de 2012

Respiração celular: resumo


RESPIRAÇÃO CELULAR: introdução

Quando vocês estão praticando exercício, algumas mudanças acontecem no seu corpo, como o aumento da frequência cardíaca, respiratória e cansaço, além de dor muscular. Com isso, nos sentimos ofegantes e esse processo ocorre porque as células do seu corpo sentem maior necessidade de oxigênio quando o corpo está envolvido em uma atividade física, já que está havendo um gasto maior de energia e com isso a respiração fica mais rápida.
Você deve estar se perguntando agora se é todo o nosso corpo que está necessitando de mais energia ou só uma parte específica. É uma parte específica, ou seja, os músculos que estão trabalhando mais que as outras partes.
Então,  as células musculares precisam de energia, mas de onde elas tiram essa energia?
 Dos alimentos, já que estes são transformados em energia e essa energia é utilizada pelas células. Os alimentos são digeridos, ou seja, transformados em pequenas partículas, e a corrente sanguínea transporta essas partículas  para as células. Mas como o alimento é transformado em energia?  Através de um processo de oxirredução.
E o que é oxirredução?
É um tipo de reação química na qual uma molécula perde elétrons e outra ganha. Em um processo de oxirredução sempre ocorre a liberação de energia. 
A energia utilizada pelas células, proveniente dos alimentos, é energia química. Mas o que é energia química? É o tipo de energia contida nas ligações entre os átomos que formam as substâncias.
Para dar uma dica, a energia dos combustíveis que os automóveis utilizam (da gasolina, do álcool) é energia química.  Como os carros aproveitam os combustíveis? Queimando estes combustíveis, não é? Nesse processo de queima, há uma quebra das moléculas do combustível e essa quebra libera energia. O combustível é formado por moléculas; essas moléculas são formadas por átomos ligados entre si. O combustível, portanto, contém energia química. Quando as ligações entre os átomos são rompidas, ocorre liberação da energia química, contida nestas ligações. Além do combustível, o oxigênio é fundamental para que ocorra a quebra desse combustível no carro. Para entender sua função temos que entender o que está acontecendo nessa quebra. É o seguinte: quando a molécula é quebrada, elétrons são liberados dela e passam para o oxigênio que é o elemento químico que tem a maior afinidade pelos elétrons, ou seja, ele atrai os elétrons para ele. Então, na quebra do combustível no motor está havendo uma oxirredução: o combustível perde elétrons e o oxigênio ganha. 
E a mesma coisa acontece nas células do corpo: o alimento perde elétrons e o oxigênio ganha e nesse processo ocorre a liberação de energia que é aproveitada pela célula para realizar o seu trabalho. No caso da célula muscular, o trabalho dela é fazer movimento.  O conjunto de reações químicas que a célula realiza para aproveitar essa energia dos alimentos nós chamamos de respiração celular. Então, respiração não é só o que os nossos pulmões fazem, é também o que as nossas células fazem para transformar a energia contida nas substâncias orgânicas (como os alimentos) em energia para a realização das funções celulares, ou seja, a respiração celular. 

RESPIRAÇÃO CELULAR: etapas

A produção de energia dentro da célula ocorre através da quebra das moléculas de substâncias orgânicas. Estas substâncias chegam ao nosso corpo quando nos alimentamos. O alimento é digerido e é quebrado em pequenas partículas que passam por todo o sistema digestório até chegar à corrente sanguínea e ir para as células. Uma dessas partículas que chega às células é a glicose. A glicose é uma molécula formada por átomos de carbono (C), hidrogênio (H) e oxigênio (O).  As ligações entre essas átomos possuem muita energia e, quando essas ligações são quebradas, elas liberam essa energia. 
A glicose, uma vez dentro das células, continua sendo quebrada, portanto, para liberar essa energia. No entanto, se essas ligações fossem quebradas de uma vez só, isso liberaria muita energia, de repente, e isso liberaria muito calor e danificaria as células. Então, essas quebras da molécula de glicose ocorrem “aos poucos”, em etapas. Por isso, a quebra das moléculas de glicose demora um pouco para acontecer. Mas, quando a célula precisa de energia para realizar alguma atividade, ela não pode “esperar” todo esse processo acontecer. Por isso, as células precisam ter a energia armazenada, de alguma maneira, para quando elas precisarem de energia. A energia, dentro da célula, é armazenada em uma molécula chamada ATP, que é a sigla para “adenosina trifosfato”. A molécula de ATP é fácil de ser quebrada pela célula e é capaz de armazenar muita energia.
A respiração celular, portanto, é uma forma que as células têm de transferir a energia da glicose para as moléculas de ATP. No entanto, uma  parte da energia contida na glicose é perdida em forma de calor.
Podemos representar o que acontece durante a RESPIRAÇÃO CELULAR pela fórmula: 

C6 H12O6 + 6O2 à 6CO2 + 6H2O + ENERGIA (ATP) + calor
GLICOSE+OXIGÊNIOà GÁS CARBONICO+ÁGUA+ATP + CALOR

O processo de respiração celular é dividido em 3 etapas:

  ETAPA “GLICÓLISE”
A Glicólise é um conjunto de reações químicas que ocorre no CITOSOL (parte líquida do citoplasma da  célula). Nela, a GLICOSE é quebrada em 2 moléculas de Ácido Pirúvico. Observe que a fórmula da glicose é C6H12O6) e a do ácido pirúvico é C3H4O3; o ácido pirúvico é mais ou menos a “metade” da molécula de glicose. Nesse processo, parte da energia da glicose é liberada na forma de calor. Também são liberados  elétrons (e-)  e íons de hidrogênio (H+) da molécula de glicose. Os elétrons e os íons H+ são capturados por  substâncias transportadoras de íons, chamadas NAD. A sigla significa nicotinamida adenina dinucleotídeo. Quando os NAD capturam os íons H+ eles se transformam em NADH+. Você vai entender a função destas substâncias mais adiante, quando ler sobre a terceira etapa, que é a cadeia respiratória. Por enquanto, é importante que você compreenda que, na glicólise, a glicose é quebrada em duas moléculas de ácido pirúvico e que, nesse processo, são liberados elétrons e íons H+ (que são capturados pelos NAD) e calor. Esta etapa é ANAERÓBICA (ela não consome oxigênio), as próximas etapas só ocorrerão com a presença do oxigênio nas células e, por isso, diz-se que as próximas etapas são AERÓBICAS.

2º ETAPA “CICLO DE KREBS”
É um conjunto de reações químicas que ocorre na MITOCÔNDRIA.  Para entrar na mitocôndria, o ácido pirúvico tem de reagir com uma substância chamada Coenzima A (CoA), resultando em uma substância chamada acetil CoA. Esta substância entra na mitocôndria e participa de um ciclo de reações químicas que é chamado de ciclo de Krebs. Neste ciclo, o acetil CoA vai sendo quebrado e, neste processo, ocorre  liberação de  gás carbônico (CO2), que é eliminado pelo nosso corpo quando respiramos, e elétrons (e-) e hidrogênio (H+). Da mesma forma que na glicólise, os elétrons e íons H+ são capturados pelo NAD, que se transforma em NADH+.Observe que a molécula de acetil CoA, que é C23H38N7O17P3S, possui carbono e oxigênio. Alguns átomos de carbono se unem a átomos de oxigênio e formam o gás carbônico (CO2); alguns hidrogênios  são liberados na forma do íon H+. Também ocorre liberação de energia na forma de calor.

3º ETAPA “CADEIA RESPIRATÓRIA”
Esta etapa acontece na MEMBRANA DA MITOCÔNDRIA. Nela, você vai entender a função dos íons H+ e dos elétrons liberados nas etapas anteriores.  A cadeia respiratória é um conjunto de reações químicas nas quais os elétrons e íons H+que foram capturados pelo NAD são  transferidos através de algumas proteínas para o GÁS OXIGÊNIO (O2). Quando  o oxigênio (O2) reage com os íons H+ formam-se moléculas de ÁGUA (H2O). A energia liberada durante essa transferência é  utilizada para a produção de moléculas de “ATP”.
Portanto, as etapas anteriores têm a função de gerar elétrons e íons H+ para que estes sejam transferidos ao oxigênio e assim ocorra a produção de ATP, que é o objetivo da respiração celular. Nessa etapa, assim, como nas anteriores, também ocorre a liberação de um pouco de energia na forma de calor.

quarta-feira, 8 de agosto de 2012

I Encontro PIBID da USP 23/06/2012

O que há na caixa preta???

O que será que tem nessa caixa preta. Foi assim que motivamos a todos com nosso trabalho apresentado na USP, segue o resumo e depois as fotos...




I Encontro PIBID USP              23 de junho de 2012                                   Faculdade de Educação da USP

O que há na caixa preta?

Autores: MENDES, Camila V.; VERONEZ, Eleusa; PALMA, Jéssica B.; TAVARES, Juliana A.; OLIVEIRA, Alessandra M.; CORREA, Ana Paula D.; ALBUQUERQUE, Carlos H.; CAMARGO, Cristiane C.; FREITAS, Janaína L.; COSTA, Júlia S.; DEFENDI, Maíra C.; SATORNO, Miller; TALAMONTE, Tamires C.; CARMAZINI, Valéria

e-mail:camila_vm_@hotmail.com, leuveronez@hotmail.com

Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Sul de Minas Gerais, Campus Inconfidentes
Universidade de São Paulo.

Palavras-chave: ensino de Ciências, modelo atômico, analogia.

Trata-se de uma atividade de ensino que se deu no interior de um projeto que tem como princípio norteador a aprendizagem da docência por meio de processos reflexivos, considerando a prática docente a partir do processo de raciocínio pedagógico descrito por Shulman (1986; 1987). O planejamento da atividade deu-se a partir de: a) uma pesquisa realizada pelos bolsistas sobre materiais para o ensino de química para os alunos do 9° ano do Ensino Fundamental e b) demanda feita pela supervisora, que foi questionada por um aluno sobre como se estuda o átomo, uma vez que ele não é visível.
O objetivo da atividade era que os alunos compreendessem que o estudo do átomo é feito indiretamente e que o modelo atômico, assim como outros modelos nas Ciências Naturais, são construídos pelos cientistas para tentar explicar determinados fenômenos naturais. A atividade consistia no uso de uma analogia. Os alunos do 9º ano foram divididos em equipes, supervisionadas por alunos bolsistas. A cada equipe foi entregue uma caixa de sapatos contendo um objeto não visível e a tarefa de cada equipe consistia em identificá-lo sem abrir a caixa. Foi entregue a cada equipe uma folha em branco na qual a equipe deveria descrever o objeto e desenhá-lo. Como conclusão, seria feita uma analogia entre o que cada equipe havia feito e o trabalho dos cientistas ao estudar o átomo e propor modelos.
Como resultado, pôde-se perceber que os alunos não conseguiram relacionar a atividade com o conteúdo em questão (modelo atômico), pois ainda não haviam compreendido o modelo atômico e, em alguns casos, demonstraram não conhecer, minimamente, o conceito de átomo, apesar de já terem realizado uma pesquisa sobre o tema. A atividade, para eles, consistiu apenas em uma brincadeira.
Na reflexão sobre a atividade proposta, algumas conclusões foram apontadas pelos alunos-bolsistas, as quais configuram uma nova compreensão tanto do conteúdo específico, das relações entre os conceitos de modelo (na Ciência), átomo e modelo atômico, quanto das formas de ensiná-lo. Como atividade introdutória, ela não foi válida, pois sua compreensão (a do sentido da analogia) demanda conhecimentos prévios sobre átomo e sobre modelo atômico. Depois de entender, ainda que minimamente, os conceitos de átomo e de modelo atômico, os alunos, talvez, estivessem mais motivados (e curiosos) para compreender como é possível estudar os átomos e conceber modelos atômicos. Além disso, o próprio conceito de modelo (em Ciências) deveria ser abordado com os alunos previamente a essa atividade – ou fazê-lo a partir dela - para que pudessem compreender que a Ciência constrói modelos, que são uma tentativa de aproximação da realidade. Uma conclusão importante foi a de que a atividade prática, por si só, não cria melhores condições de aprendizagem, embora aumente o envolvimento/motivação dos alunos. Essa experiência demonstrou como, embora o interesse dos alunos pela atividade fosse grande, ela não tenha criado oportunidades de aprendizagem adequadas, por não haver sido levado em consideração, durante o planejamento, os conhecimentos prévios e pré-disposições dos alunos com relação ao conteúdo específico que seria trabalhado.


Bibliografia
SHULMAN, L.S. Those who understands: knowledge growth in teaching. Educational Researcher, v. 17, n. 1, p. 4-14, 1986.
____________. Knowledge and teaching: foundations of a new reform. Harvard Educational Review, v. 57, n. 1,  p. 1-22, 1987.




Até Mais...galera!!!


I Seminário e II Encontro PIBID/Unicamp 14 e 15/05/2012

E ai pessoal, estivemos no mês de Maio na UNICAMP com 2 artigos do nosso grupo de PIBID, foi uma experiência muito interessante, pois foram nossas primeiras apresentações.
Parabéns pela organização do evento...
















segunda-feira, 23 de julho de 2012

Resíduos Sólidos


 Resíduos Sólidos



Na semana do dia 29/05/2012 nós bolsistas do PIBID, apresentamos uma intervenção na escola Normal de Ouro Fino- MG, onde abordamos um problema que esta presente no dia-dia e é hoje um assunto de grande discussão no planeta: O Acúmulo de Resíduos Sólidos

Inicialmente tínhamos a preocupação de discutir com os alunos um tema sobre  educação ambiental em apenas 50 minutos.

E todos nós sabemos, que educação ambiental não se aplica apenas em 50 minutos, educação ambiental, é principalmente a conscientização por parte do aluno e de acordo com os PCN’s deve ser tratado como um tema transversal e entendemos que poderá ser abordado ao longo de todo o ano não apenas em uma data específica como por exemplo dia do meio ambiente ou dia da árvore....vocês não acham??????? Este na verdade, é o objetivo principal da nossa Intervenção, instigar no aluno a consciência ecológica e tornar-se parte do seu dia a dia.


Pensando, então, que tínhamos pouco, pouquíssimo, muito pouco tempo, decidimos relacionar com os alunos conceitos básicos sobre o assunto, que percebemos que muitas vezes, ficam perdidos, às vezes (ou quase sempre!), muitos ficam preocupados em levar os alunos para plantar árvores, ou conhecer um lugar bonito.
O aluno acaba, por vezes, levando a prática como uma brincadeira,ou somente como uma simples dinâmica e todos acabam por ir embora, sem levar nada desta atividade,que é sim, importante. E, apartir destas idéias, abordamos, então:
A evolução do lixo desde a pré-história até os dias atuais; Para onde lixo vai o que é e qual a diferença de Lixão, Aterro Controlado e Aterro Sanitário; O que é Biodegradável; Como é o Ciclo de Materiais na Natureza; O que é Compostagem e alternativas para diminuir o acúmulo de resíduos na natureza ....vocês sabem algum???? Acertou quem respondeu Reciclagem e Reutilização!!!!

E ainda bem, que abordamos estes assuntos com os alunos, pois, muitos não relacionavam, por exemplo, que o nosso lixo do dia-dia, vai para um lixão, eles achavam que o lixo, vai para a lixeira, ou que, praticando a coleta seletiva, estavam, ao mesmo tempo, praticando a reciclagem.
Isto não é apenas um problema, somente dos nossos alunos, mas de uma grande parte da população, daí a importância, de não esquecermos, destes conceitos básicos.

Tentamos desenvolver, também nos alunos, um senso mais crítico a respeito do papel do governo e nosso também, em relação, ao mau direcionamento do lixo produzido por nós, no nosso dia a dia.

E por fim, esperamos colher frutos, desta nossa intervenção. Até mais galera!!!

quinta-feira, 21 de junho de 2012

Conhecendo nossa “ESCOLA”



Num sentido de reconhecer a mobilização e dedicação dos alunos para Feira do Conhecimento promovida E. E. Francisco Ribeiro da Fonseca e na E. E. Felipe dos Santos foi sugerido uma premiação aos melhores trabalhos apresentados. Os alunos participaram e conheceram a escola dos bolsistas, o I. F. do Sul de Minas Campus Inconfidentes, diversas atividades foram propostas bem como um café da manhã atrativo para os alunos.  













quarta-feira, 20 de junho de 2012

Como estudar o átomo, se não o vemos ?



Elaboramos esta intervenção, devido a nossa supervisora ter nos dito que um aluno havia questionado como se estuda o átomo se não pode vê-lo. A nossa intervenção foi bem simples, colocamos um objeto dentro da caixa de sapato e a fechamos, com o intuito de o aluno descrever o que estava dentro da mesma, para ele chegar a uma conclusão sem que tenha visto o que estava dentro. Em seguida explicamos para eles que o átomo é assim não o vemos, mas sabemos que ele existe, igual o objeto que estava dentro da caixa, fazendo assim uma analogia da forma com a qual os cientistas estudam os atômos, através de estudos indiretos. Notamos que essa atividade é interessante para se explicar isto,mas não conseguimos atingir todos os objetivos por ter sido uma atividade introdutória, onde eles ainda não tinham os conceitos básicos sobre o tema.


Bolsistas Orientando os alunos...





Alunos tentando desvendar o objeto dentro da caixa...


Abrindo as caixas...

Descrevendo os objetos no quadro e explicação pelos bolsistas...

Alunos atentos a explicação dos bolsistas...






Quem são eles?




No início deste ano, nós começamos a frequentar as aulas das supervisoras para um período de observação, de “reconhecimento do território”. Neste tempo, sentimos falta  de ter mais tempo para conversar com os alunos, de conhecê-los mesmo mais de perto. A gente tinha algumas ideias, mas será que elas correspondiam à realidade? Será que a maioria trabalhava? Será que a maioria alimentava um sonho de fazer um curso superior?  Será que os pais acompanhavam a vida escolar dos filhos? O que eles gostavam de fazer? O que eles  esperavam da vida? Para responder a estas perguntas, tivemos a ideia de aplicar um questionário. Simples, sem muita coisa porque senão também eles nem iam querer responder. Fizemos uma dinâmica antes da aplicação do questionário, pra quebrar o gelo, para dar uma descontraída. Não rolou bem como a gente tinha pensado, não é tão simples assim fazer aquela moçada falar, falar de verdade, com sinceridade, se expor. Ainda estamos tabulando os dados dos questionários, pra fazer um quadro geral e também por sala, mas já deu para perceber algumas coisas, pra desfazer alguns estereótipos que  a gente tinha dos alunos e das famílias e deu pra perceber também que precisamos pensar em outras formas para nos aproximarmos mais deles.  Alguma ideia?

Classificação dos Seres vivos


Quando falamos em classificação dos Seres vivos, qual a primeira coisa que nos vem à cabeça? e se você tivesse que ensinar isso para 40 alunos em uma sala? Pois é, essa é uma dificuldade que eu nunca tinha me deparado e nem ao menos pensado sobre, até que um dia desses ensolarados e em uma das nossas reuniões cotidianas do PIBID (o projeto sobre iniciação a docência) foi dado a nós (a mim e a Maíra) o desafio de fazê-lo no ensino médio, você deve estar se perguntando o que será que é esse projeto né? E o que será que esses alunos doidos que nem formaram, estão fazendo nas escolas assumindo o papel de professores? Calma, não é nada disso que você está pensando a CAPES que é a instituição que financia esses bolsistas (os "alunos loucos") pensou em tudo isso e acredite se quiser existe uma justificativa e muito boa por sinal, todos nós sabemos que o ensino público no Brasil está em falência desde os tempos primórdios e pensando nisso esse projeto (PIBID) que não é nenhum fazedor de milagres veio tentar amenizar os problemas mais comuns que encontramos nas escolas hoje, que é, por exemplo, a má formação de professores, mas como? Exatamente, é esse o problema, pois quando se trata de educação não existe nenhuma receita pronta e acabada que dará certo em qualquer lugar do Brasil, isso se aprende através das experiências em sala de aula e é isso que nós estamos fazendo lá. Agora retomando ao assunto desse post vou falar quais foram as experiências adquiridas, o que aprendemos ,e o que mudaríamos e claro como foi ser professora por um dia.


É claro que como eu não sou acostumada a ser professora não foi tão fácil assim planejar uma aula e na verdade a parte que eu mais tive dificuldade foi realmente planejar a aula, pois era necessário pensar como um aluno assimilaria melhor o conteúdo e quais eram os pontos mais importantes desse conteúdo em si, e esqueci uma coisa trivial, que é mais que óbvio e que eu deveria ter ao tentar planejar qualquer aula, que era o tal do domínio de conteúdo tão indispensável. Enfim, erros fazem parte do aprendizado e agora esse erro eu não cometo mais, um problema a menos como futura professora, está vendo a importância do projeto?

Enfim, nós estudamos esse conteúdo e verificamos que ele era muito extenso, então começamos a compilar os dados e resumi-los, e selecionamos os conteúdos que achávamos que seriam importantíssimos para eles saberem, que na verdade talvez nem sejam, tá vendo a dificuldade? Antes de começarmos a dar a aula aplicamos uma atividade para que eles pudessem entender o porquê de classificar as coisas, e a facilidade que isso implica a biólogos e até mesmo cidadãos comuns que se interessam por algumas espécies e qual era a importância de se ter um nome específico para cada criatura que existe na Terra, a atividade era simples, demos alguns botões para eles com diversos formatos, cores e tamanhos e eles poderiam separa-los como quisessem, então foram feitas a eles alguma perguntas como, por exemplo, qual classificação estava mais correta? E eles responderam que todas estavam corretas e era exatamente nesse ponto que queríamos chegar, pois não existe classificação boa ou ruim depende do seu ponto de vista e da sua necessidade, por exemplo, uma costureira, ela poderia muito bem classificar esses botões por números de buracos, porque isso facilita o trabalho dela, ou por cor, o importante é entendermos que não existe um sistema mais eficiente para todas as pessoas, existe talvez um sistema mais aceito por um maior número de indivíduos.

Após essa atividade, contamos a eles um pouco da história da classificação dos seres vivos, e claro sobre Aristóteles que foi o primeiro a pensar em dividir os animais em grupos e só dois mil anos depois Lineu retomou as ideias sobre classificar os seres vivos pelas suas diferenças morfológicas (demorou um "bocado" né?)e não por habitat como era comum na Grécia antiga, lá por exemplo eles dividiam todos os animais que englobam a Terra em : animais aquáticos, animais que voam e animais terrestres , hoje em dia esse sistema não seria muito eficiente né? Mas não podemos pensar que a dois mil anos atrás não seria, contamos um pouco sobre uma das maiores contribuições de Lineu para com as ciências naturais que foi seu sistema de classificação binominal (ver mais em:http://www.biologados.com.br/botanica/taxonomia_vegetal/sistema_binomial_classificacao_taxonomia.htm) o que popularmente significa nome específico de um indivíduo, como por exemplo o homem (Homo sapiens) expliquei um pouco sobre as regras desse sistema, tentei dar uma visão geral sobre os reinos existentes relembrar é viver gente , vamos ver se você lembra de todos os reinos? Um pouco difícil né, ensino médio é importante, vamos lembrar-nos da tia da biologia explicando sobre os seres vivos, vou dar uma colher de açúcar para você, tá bom eu sei que é difícil e já faz tempo que você se formou ou viu de fato esse conteúdo, vou dar o "açucareiro" completo: Animalia, Plantae, Fungi, Monera, Protoctista ( ver mais em : http://www.vidaesaude.org/biologia-vida/os-cinco-reinos-dos-seres-vivos.html)você deve estar se questionando agora né, pensando que a tia do ensino médio não explicou isso? Estou até vendo quando eu estiver na minha meia idade se remoendo por dentro porque meus alunos não prestaram atenção quando eu expliquei isso para eles, brincadeiras a parte e continuando com o relato, na outra aula foi explicada a eles a nova classificação e como surgiram as espécies, como podemos classificar uma espécie, isolamento geográfico, isolamento reprodutivo, algumas ideias de evolução e finalmente falei sobre a nova classificação dos clados.
Foi muito gratificante pra mim me ver como professor e desmistificando uma ideia errada dos alunos, perceber que porque eu estava lá dando aquela aula eles tinham aprendido novos conceitos, durante a minha explicação sobre a evolução das girafas, os alunos achavam que a girafa que tinha o pescoço pequeno era a filhote da que tinha o pescoço grande, ou seja, eles não tinham a menor ideia do que era evoluir, e podem agora não serem os melhores em classificação biológica, mas tenho certeza de que eles aprenderam muitas coisas.

domingo, 17 de junho de 2012

Viagem dos bolsistas para São Carlos



Sempre em busca de melhorias para qualidade do ensino, os bolsistas do PIBID, se mobilizaram para a visita na UFSCAR e no CDCC da USP, várias idéias de materiais didáticos diversos foram tiradas desta experiência. Essa foi nossa primeira viagem oficial com o grupo todo e foi muito xik’s...de quebra uma visita no Parque Ecológico de São Carlos, ao lado da UFSCAR...






A galera toda, Beto, Eleuza, Camila, Alessandra, Juliana, Janaina,
Valéria, Miller, Ana Paula, Tamires, Maíra, em baixo Jéssica e Julia...
e a Cristiane tirando a foto...

Bolsistas Juliana e Camila...

Cascavel Albina...



Muito Lindo...




Abusado...

Tabela Periódica do CDCC, com exemplos dos elementos....


Bolsistas e Professores no CDCC...



Aquário do CDCC, com estrela-do mar ...